ole salomonsen sony alpha 7RM3 aurora sobre as montanhas em Tromso

Como fotografo | Fotografar a aurora boreal

Ole Christian Salomonsen

Para mim, não há nada que se compare a assistir e captar uma aurora fantástica numa noite de inverno fria e escura no Ártico. A aurora boreal é muito imprevisível, o que torna "a caça" e a espera igualmente entusiasmantes. Tem de acontecer muita coisa e as auroras podem acabar tão rápido quanto começam. Todas as auroras são diferentes; por isso, quando há uma boa previsão de auroras, acredito sempre que será um bom espetáculo para fotografar.

ole salomonsen sony alpha 7RM3 aurora verde a iluminar o céu de Tromso

© Ole Salomonsen | Sony α7R III + FE 16-35mm f/2.8 GM | 2s @ f/2.8, ISO 2500

O que fotografar e onde

Fotografar auroras é um tipo de fotografia entre dois géneros: fotografia de paisagem e de astros. Como acontece com qualquer fotografia de paisagem, a de auroras também tem de ter um primeiro plano e um plano de fundo apelativos. A história tem de ser sobre o local e a emoção do céu quando se ilumina.

Costumo procurar montanhas como fundo e um lago ou rio para acrescentar interesse de primeiro plano. Isto também nos permite captar um reflexo da aurora na água, pelo que não tem de ser sempre muito forte para conseguirmos grandes imagens.

ole salomonsen sony alpha 7RM3 aurora sobre uma estrada congelada

© Ole Salomonsen | Sony α7R III | 6s @ f/2.8, ISO 3200

Expor a fotografia

Como acontece com qualquer tipo de fotografia, as definições de exposição para captar a aurora boreal dependem da situação específica.

Se as auroras forem fracas, é preciso utilizar um tempo de obturador mais longo para as tornar mais visíveis, sendo que é mais provável querer utilizar uma lente com uma abertura f/2.8 ou superior, para captar o máximo de luz possível. Para captar toda a amplitude da cena, costumo utilizar lentes grande angular, a Sony FE 16-35 mm f/2.8 GM ou a nova FE 12-24 mm f/2.8 GM.

Como os primeiros momentos podem ser fracos, é importante estar atento às definições de exposição e ser muito flexível. Se as auroras forem fortes, fotografo com a velocidade do obturador mais rápida possível. Isto permite-me congelar mais ação das auroras, tornando os raios mais visíveis, em vez de obter uma sopa verde desbotada que vemos às vezes em imagens de longa exposição.

ole salomonsen sony alpha 7RM3 aurora a serpentear sobre uma ponte perto de Tromso

© Ole Salomonsen | Sony α7R III + FE 16-35mm f/2.8 GM | 4s @ f/2.8, ISO 3200

Isto significa que será preciso aumentar a sensibilidade da câmara. Felizmente, com as câmaras da série Sony Alpha 7R, posso aumentar a sensibilidade ISO tanto quanto precisar, pois sei que o ruído será mínimo e que poderei recuperar estes detalhes das zonas sombreadas.

Focar

Quando se fotografam auroras, a maior parte do tempo queremos ter as estrelas focadas. Fazê-lo numa noite fria e escura de inverno é um desafio com qualquer DSLR convencional. Contudo, com as câmaras Sony, posso utilizar a funcionalidade Focagem Peaking incorporada, que realça as áreas focadas. Também tenho ativada a função de Assistência à Focagem Manual, para a câmara fazer zoom automaticamente na imagem quando rodo o anel de focagem da lente. Assim, é ainda mais fácil localizar e focar as estrelas.

ole salomonsen sony alpha 7RM2 aurora boreal com uma tenda e canoa em primeiro plano

© Ole Salomonsen | Sony α7R II + FE 16-35mm f/2.8 GM | 3.2s @ f/2.8, ISO 3200

Ao utilizar uma grande abertura, como f/2.8, é importante ter em consideração que os elementos em primeiro plano não ficam muito nítidos se focarmos as estrelas. Em geral, quando utilizamos uma lente de 16 mm a f/2.8 numa câmara full-frame, a maioria dos elementos em primeiro plano a três ou quatro metros da câmara fica razoavelmente nítida, mesmo quando focamos as estrelas. Mas se quisermos um primeiro plano nítido, podemos ter de tirar várias fotografias focadas em pontos diferentes e combiná-las com o Empilhamento de focagem.

ole salomonsen sony alpha 7R aurora ampla sobre pinheiros numa paisagem de neve

© Ole Salomonsen | Sony α7R | 3.2s @ f/2.8, ISO 2500

É preciso lembrar que não temos o controlo; as auroras é que têm, especialmente quando se movem rapidamente. Devemos utilizar um tempo de exposição curto, inferior a um segundo, se possível, e não ter medo de aumentar a sensibilidade ISO.

Também temos de estar prontos para tudo o que o ambiente oferecer. Já fotografei auroras com o meu kit Alpha a -35 ºC sem qualquer problema, mas como em qualquer dispositivo eletrónico, as baterias sentem dificuldades a estas temperaturas. Coloco-as sempre nos bolsos do casaco para as manter quentes e durarem mais. Além disso, a estas temperaturas extremas, o ecrã LCD pode ser afetado; por isso, coloco uma peça de roupa por cima da câmara, para o manter um pouco mais quente enquanto espero pelo momento perfeito.

O mais importante a lembrar é deixar que o primeiro plano nos guie até à imagem, à montanha épica no fundo, às auroras fantásticas sobre a montanha e, se tivermos sorte ou planearmos bem, talvez consigamos obter o reflexo das auroras no rio em primeiro plano.

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